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Tron: Ares

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 11 de out.
  • 2 min de leitura

2025 | 1 h 59 min | Ação – Aventura – Ficção científica

(Walt Disney Studios/Divulgação) 


Quinze anos após Tron: O Legado, a franquia retorna aos cinemas com Tron: Ares, tentando reacender a chama de um dos universos mais icônicos da ficção científica. A missão, porém, é ambiciosa: conquistar uma nova geração de espectadores sem perder a essência que marcou os fãs desde 1982. 

 

Infelizmente, essa tentativa se perde em uma narrativa genérica de ação. O filme toca de forma superficial temas sobre o avanço da tecnologia e os perigos da inteligência artificial, deixando de lado o rico lore que consagrou a saga Tron. O resultado é um espetáculo visual que carece de identidade e profundidade. 

(Walt Disney Studios/Divulgação) 


A trama se passa anos após os eventos do longa anterior, com a Encom agora sob o comando de Eve Kim (Greta Lee). Mesmo respeitando o legado de Kevin Flynn (Jeff Bridges) e Sam Flynn (Garrett Hedlund), a personagem não tem conexão direta com eles, tornando o elo com a história original quase inexistente. Do outro lado, surge Julian Dillinger (Evan Peters), neto do vilão clássico Ed Dillinger (David Warner). Curiosamente, ele é filho de Elisabeth Dillinger (Gillian Anderson), uma nova adição à mitologia da franquia, e não de Edward Dillinger (Cillian Murphy), visto brevemente em Tron: O Legado

 

A nova disputa gira em torno da possibilidade de materializar seres virtuais no mundo real, o oposto da premissa dos filmes anteriores. Tanto a Encom quanto a Dillinger Systems buscam dominar essa tecnologia, mas surpreendendo 0 pessoas a solução dos problemas está novamente nas criações de Kevin Flynn. Nessa corrida pelo controle do código perfeito, surge Ares (Jared Leto), o poderoso programa que representa o MCP do sistema Dillinger. 

(Walt Disney Studios/Divulgação) 


A partir daí, o longa mergulha em uma sequência de cenas de ação que, embora visualmente competentes, pouco acrescentam à mitologia de Tron. As referências aos filmes anteriores aparecem apenas como fan service, sem muita relevância narrativa. Em determinado momento, Ares entra no sistema original de 1982, trazendo uma sequência nostálgica e visualmente encantadora, mas desconectada da trama principal. 

 

Os personagens são pouco desenvolvidos, as motivações soam artificiais e o roteiro parece desinteressado em dar continuidade ao legado de Flynn. Tron: Ares mais parece uma história sobre os riscos da inteligência artificial contemporânea do que uma verdadeira expansão do universo digital que marcou gerações. 

(Walt Disney Studios/Divulgação) 


Apesar disso, o filme entrega boas cenas de ação e um CGI de qualidade, cumprindo o papel de entretenimento casual. Contudo, ao se apoiar apenas na estética e abandonar o coração da franquia, Tron: Ares acaba se tornando uma produção visualmente atraente, mas emocionalmente vazia, sendo um reboot disfarçado de continuação. 

Nota

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