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Crítica | Truque de Mestre: O 3° Ato

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 21 de nov.
  • 3 min de leitura

2025 | 1 h 52 min | Policial – Suspense

(Paris Filmes/Divulgação) 


A franquia Truque de Mestre, que sempre foi uma franquia que me agrada bastante, finalmente está de volta. Quase dez anos após o segundo filme, Truque de Mestre: O 3º Ato chega combinando a nova tecnologia em efeitos, os veteranos carismáticos e uma nova geração de mágicos, revivendo o brilho da saga e reacendendo a expectativa por possíveis continuações. 

 

Os dois primeiros longas conquistaram o público com histórias simples, cenas engenhosas e personagens irresistíveis. A magia, sempre próxima do surreal, brincava com a perspectiva do espectador e flertava com o impossível, uma marca registrada que retorna com força nesta nova aventura. 

 

Neste 3º Ato, a fórmula permanece eficiente: narrativa direta, ritmo envolvente e um elenco que transborda carisma. O grande diferencial, porém, é a reunião dos personagens clássicos da franquia, agora acompanhados por três novos mágicos que se encaixam naturalmente neste universo. A dinâmica entre gerações funciona melhor do que o esperado, trazendo novas piadas, novas formas de ver a mágica e novos estilos que complementam muito bem tudo que tínhamos até o momento. 

Truque de Mestre: O 3° Ato (Paris Filmes/Divulgação) 

(Paris Filmes/Divulgação) 


Ver Jesse Eisenberg (Atlas), Woody Harrelson (Merritt), Dave Franco (Wilder) e Isla Fisher (Henley) novamente é um verdadeiro presente, mesmo que o reencontro tenha aquele sabor de despedida. Ao mesmo tempo, o trio composto por Ariana Greenblatt (June), Dominic Sessa (Bosco) e Justice Smith (Charlie) traz energia renovada, apelo para o público mais jovem e um frescor que amplia o potencial da franquia. 

 

Confesso que cheguei à sessão empolgado para ver truques inéditos, situações absurdas e conhecer o novo elenco, mas não queria me despedir dos personagens que acompanhei por anos, ainda mais com o retorno de Isla Fisher, ausente no segundo filme, quando Lizzy Caplan (Lula) assumiu uma personagem completamente diferente, mas igualmente funcional e divertida. Felizmente, O 3º Ato não adota uma “passagem de bastão” tradicional. Ao contrário: todos os mágicos se unem no fim e tornam-se Cavaleiros, permitindo que futuros filmes trabalhem tanto com o grupo ampliado quanto com formações alternativas. 

 

A trama é simples, e evitarei detalhes para não entrar em spoilers, mas alguns pontos merecem destaque. O filme abre apresentando o novo trio de mágicos em ação, mostrando suas habilidades, personalidades e a química imediata entre eles. A introdução é ágil e eficiente. Logo em seguida, Atlas surge e explica rapidamente o que aconteceu durante a década que separa o segundo e o terceiro filme, reforçando que o universo seguiu vivo e que os Cavaleiros continuaram atuando em diferentes frentes, sempre ligados à organização secreta conhecida como O Olho. 

Truque de Mestre: O 3° Ato (Paris Filmes/Divulgação) 

(Paris Filmes/Divulgação) 


O plano central desta vez gira em torno do roubo do lendário Diamante de Coração, atualmente nas mãos de Veronika Vanderberg (Rosamund Pike). O motivo desse roubo é simples, a família Vanderberg há gerações lucra com a venda de diamantes para líderes de milícias, traficantes e grandes esquemas de lavagem de dinheiro, motivo suficiente para atrair a atenção do Olho, e durante essa missão que o filme apresenta uma de suas melhores sequências, explorando as habilidades dos personagens e reunindo, de forma orgânica, veteranos e novatos. 

 

A partir daí, a narrativa avança com reviravoltas previsíveis, mas funcionais dentro da proposta. O clichê, nesse caso, não atrapalha; pelo contrário, combina perfeitamente com o estilo da franquia, que sempre abraçou o exagero e o espetáculo. 

Truque de Mestre: O 3° Ato (Paris Filmes/Divulgação) 

(Paris Filmes/Divulgação) 


O grande charme de Truque de Mestre continua sendo a maneira como o filme utiliza a mágica para construir sua identidade. Truque de Mestre: O 3º Ato entrega cenas inventivas, truques visualmente impressionantes e uma integração inteligente entre os dois elencos, sem deixar que o ritmo caia. O único ponto fraco é o início mais lento, consequência natural do tempo dedicado a reapresentar elementos e personagens para o público. Para mim, esse ritmo inicial foi positivo, funcionando como reencontro afetivo com personagens que revisitava com frequência nos filmes anteriores. 


No fim, Truque de Mestre: O 3º Ato cumpre o que promete: diverte, entretém e expande o universo da franquia. A história é simples, mas suficientemente envolvente; os truques continuam mirabolantes; e os novos personagens mostram potencial para crescer ainda mais. O filme equilibra nostalgia e renovação sem descartar ninguém (trazendo nem que por breves momentos todos os personagens que foram importantes nessa franquia) algo raro em franquias que passam por atualização geracional. E, acima de tudo, abre portas para novas aventuras que podem explorar tanto o elenco clássico quanto os recém-chegados. 

Nota

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