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Crítica | Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

  • Foto do escritor: Lobisomem Zumbi
    Lobisomem Zumbi
  • 25 de jul.
  • 4 min de leitura

2025 | 1 h 55 min | Ação – Aventura – Ficção científica

Como de se esperar, um filme de tamanha importância não teria somente uma crítica para vocês, então fica de olho nas opiniões do Gustavo Pestana e Fagner Ferreira a respeito desse mais novo filme da Marvel


(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)


Quarteto Fantástico: Primeiros Passos finalmente quebra a maldição que assombra a equipe desde 1994. Embora eu goste dos filmes de 2005 e 2007, nenhum deles conseguiu captar a verdadeira grandiosidade que o grupo representa nos quadrinhos. Felizmente, Matt Shakman entrega não apenas um ótimo filme, mas uma adaptação respeitosa, empolgante e repleta de possibilidades para o futuro do Universo Marvel

 

O elenco funciona com uma sinergia impressionante. Pedro Pascal (Reed Richards/Sr. Fantástico), Vanessa Kirby (Sue Storm/Mulher Invisível), Joseph Quinn (Johnny Storm/Tocha Humana) e Ebon Moss-Bachrach (Ben Grimm/O Coisa) têm uma química poderosa em tela, que transmite autenticidade e paixão por seus personagens, além de representarem uma família/equipe como ninguém. 

 

Pedro Pascal e Vanessa Kirby entregam atuações de alto nível, traduzindo com precisão a essência dos heróis diretamente dos quadrinhos para o cinema. A postura, o carisma e a profundidade emocional que eles trazem fazem dessas interpretações as mais marcantes versões live-action do casal fundador da equipe até hoje. 

 

Joseph Quinn surpreende ao construir um Johnny Storm irreverente e carismático, mas sem cair em estereótipos. Ele ainda revela um lado mais estratégico e inteligente do personagem, um traço muitas vezes negligenciado nos cinemas, o que o torna sua interpretação ainda mais interessante. 

 

Ebon Moss-Bachrach, por outro lado, merecia mais tempo de tela. Embora a alma de Ben Grimm esteja ali, sua jornada emocional poderia ter sido mais desenvolvida. Talvez essa impressão se intensifique por ele ser o meu personagem favorito da equipe, mas ainda assim, fica a sensação de que O Coisa tinha mais coisa a oferecer. 

 

A presença de Galactus (Ralph Ineson) e Shalla-Bal/Surfista Prateada (Julia Garner) é curta, porém impactante. Galactus impõe respeito com sua aura ameaçadora e presença devastadora, enquanto Shalla-Bal transmite com maestria o peso das escolhas que carrega. Antes mesmo de conhecermos sua origem, já sentimos a dor e o conflito interno que definem sua trajetória. Quando a revelação chega, a conexão com a personagem só se aprofunda. 

 

Como adaptação, o filme se destaca. Tem maturidade, foco e sabe exatamente a história que deseja contar. Ainda assim, alguns pontos poderiam ser mais bem explorados, especialmente em termos de contextualização do universo e desenvolvimento de certos elementos do roteiro. Nada que comprometa a experiência, mas são detalhes que enriqueceriam ainda mais o longa. 

 

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos marca o retorno da Marvel à boa forma. É uma ficção científica envolvente, emocional e cheia de coração. Uma nova fundação sólida para o futuro do estúdio e, quem sabe, o ponto de partida para a fase mais promissoras dessa saga do MCU

 

Ah, e uma dica valiosa: o filme tem duas cenas pós-créditos, então fique até o final para assisti-las. 

Gustavo Pestana.

Nota

(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)


Do sucesso nos quadrinhos, o Quarteto Fantástico nunca conseguiu ter um filme decente. Foram três tentativas de agradar os fãs do primeiro grupo de heróis existente. Se, por um lado, o elenco agradava a todos, por outro, a construção cinematográfica era totalmente arruinada por decisões equivocadas e pela pressão de entregar um material de qualidade que agradasse fãs e críticos. Eis que, por ironia do destino, a quarta tentativa de trazer os heróis aos cinemas é um dos maiores acertos da Marvel em 2025. 

 

Com um enredo já batido das outras adaptações, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos não perde tempo com apresentações dos heróis. Sucinto, eles já estão estabelecidos na Terra 828 (alusão ao aniversário de Jack Kirby, que é em 8/28) como os heróis mundialmente conhecidos por proteger o mundo. Essa decisão, deveras acertada, deixa o diretor Matt Shakman sob menos pressão para entregar uma obra com a cara do Quarteto Fantástico, sem os maneirismos das adaptações passadas. Assim, o ritmo cadenciado da trama é voltado para a construção da família e do elo que liga, em grande escala harmônica, os quatro integrantes do grupo: Reed Richards (Pedro Pascal), Sue Storm (Vanessa Kirby), Johnny Storm (Joseph Quinn) e Ben Grimm (Ebon Moss-Bachrach). O grupo de heróis é o mais centrado possível diante de uma ameaça iminente que está prestes a acabar com o mundo pelas mãos do vilão Galactus (Ralph Ineson). 

 

Tendo um formato que apresenta começo, meio e fim de forma linear, sem os rodeios de roteiro, a atmosfera dentro da película nunca visa criar combates extensos, ações desenfreadas e destruição. É inteligente em reconhecer que precisa trabalhar os personagens centrais, dando visibilidade e importância a cada um dentro da equipe, mesmo que a liderança do casal Reed e Sue se destaque com grandes atuações de Pascal e Kirby. A dupla é o grande destaque do filme, que tem a capacidade de convidar o público a embarcar nessa jornada repleta de emoções, razões e esperança em uma atmosfera contagiante. Sem esquecer de Joseph e Ebon, que trabalham em perfeita química naquilo que está sendo apresentado em tela, sem quaisquer tipos de exageros. 

 

Nota-se que Quarteto Fantástico: Primeiros Passos traduz o subtítulo do filme ao criar uma história cheia de afetos, que aproxima heróis e raça humana para a questão de sempre precisar um do outro quando necessário. O reconhecimento da população é fator determinante para que haja uma proximidade maior entre esses dois núcleos em direção ao bem comum, uma decisão bastante acertada do diretor nessa busca de trabalhar de forma relaxada até o momento do embate. Não é exatamente um filme que apresenta apenas batalhas; é mais que isso: é singular, é simples, mas com o método eficaz que essa narrativa precisava, uma estrutura que pudesse trazer fãs e críticos para o lado positivo da coisa. E não foi somente o elenco que funciona demais com grandes atuações. 

 

Por ser simples, sucinto e com uma estrutura bem arquitetada, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos acerta na fórmula de contar uma história que preza pelo lado familiar do grupo e por aproximar heróis da população em prol de um desafio que irá conquistar os fãs de quadrinhos e os críticos especializados, pela maneira como foi conduzido e por tirar de vez todo o pessimismo gerado pelos outros filmes. 

Fagner Ferreira. 

Nota

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