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Crítica | Os Roses - Até que a Morte os Separe

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira Seara
    Fagner Ferreira Seara
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

2025 | 1 h 45 min | Comédia

(20th Century Studios/Divulgação) 


Casamentos nunca são simples. Além do amor e da paixão que unem duas pessoas, o matrimônio envolve um contrato social repleto de desafios: crescimento pessoal, conciliação de sonhos, parceria, diálogo e intimidade. É justamente nesse campo de batalha cotidiano que se insere Os Roses: Até Que a Morte os Separe, adaptação do livro A Guerra dos Roses, de Warren Adler.  

 

Theo (Benedict Cumberbatch), um arquiteto renomado em busca de novos desafios, conhece Ivy (Olivia Colman), uma chef que vive à sombra de um restaurante. A atração imediata transforma radicalmente suas vidas, levando-os a largar tudo para viver uma nova fase juntos. Mas, com o tempo, a rotina impõe dificuldades, e cada escolha traz consequências capazes de abalar a relação.  

 

Com roteiro ácido de Tony McNamara (Pobres Criaturas), o longa expõe um casal marcado por maneirismos distintos, divergências na criação dos filhos, nos empregos e no estilo de vida. A vida conjugal, aqui, é retratada com um realismo pouco explorado nas comédias dramáticas, sem medo de mostrar fragilidades. O elenco é outro trunfo: além da dupla central, Andy Samberg e Kate McKinnon interpretam um casal moderno, excêntrico e hilário, enquanto Ncuti Gatwa traz seu carisma característico, ampliando pontualmente as camadas narrativas em suas aparições, assim como Allison Janey, bastando ter pouca minutagem para ser uma das boas surpresas do filme.  

(20th Century Studios/Divulgação) 


O grande destaque, contudo, é a química magnética entre Colman e Cumberbatch. Eles transitam entre drama e comédia com naturalidade, especialmente em situações que beiram o absurdo, como um incidente na cidade que coloca o relacionamento à prova de maneira tragicômica. Ainda que alguns clichês do gênero se repitam, nada compromete a força da obra.  

 

Os Roses: Até Que a Morte os Separe vai além de uma história de separação. É uma crítica às vaidades e egos que corroem a intimidade, afastam amigos, filhos e até o parceiro. O filme entrega um retrato agridoce sobre amor e destruição, reafirmando que, no casamento, nem sempre “até que a morte os separe” significa viver juntos em harmonia. 

Nota

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