Crítica | Os Mercen4rios

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2023 | 1 h 43 min | Ação – Aventura – Suspense

(Imagem Filmes/Divulgação) 

Depois de 13 anos de espera, Sylvester Stallone e Jason Statham estão de volta com a sua trupe de mercenários em “Os Mercan4rios”. 

Mas será que o filme consegue reunir os maiores brucutus dos cinemas em mais uma missão, mas que dessa vez tenha a roupagem e o estilo que vem tomando conta do gênero nos últimos anos? 

Não, não consegue, e passa longe, principalmente quando comparado a filmes como “John Wick”, ele apresenta uma história simples e um tanto quanto absurda, deixando claro que o foco é simplesmente as cenas de ação, que dessa vez chega com classificação 18 anos, prometendo violência e crueldade, sexo explícito, situação sexual complexa ou de forte impacto e apologia ao uso de droga ilícita. 

(Imagem Filmes/Divulgação) 

Mas que nem nesse ponto consegue se sustentar, obviamente ele apresenta muito mais violência e cenas fortes quando comparadas aos demais filmes da franquia, mas que de longe compensa a falta de uma missão no mínimo interessante, apresentando uma linha narrativa fraca e de baixo impacto, onde momento nenhum se esforça para conectar o público com os personagens. 

Inclusive, os personagens sofrem por essa característica da produção, Barney (Sylvester Stallone) e Christmas (Jason Statham) são os únicos que de alguma forma consegue criar o mínimo de relação com o público, e nem é por mérito do filme, é muito mais pelos atores e suas bagagens do que pelo apresentado na franquia. 

E como de esperado os demais personagens também sofrem por essa característica, principalmente os novatos, Easy Day (50 Cent), Gina (Megan Fox), Decha (Tony Jaa), Lash (Levy Tran), Galan (Jacob Scipio), Marsh (Andy Garcia) e Rahmat (Iko Uwais) são literalmente o estereótipo de seus personagens, tendo pouco ou nenhum aprofundamento funcionando somente como nomes de peso para franquia, chegando ao cúmulo de desperdiçar talentos como Tony Jaa e Levy Tran nas cenas de ação. 

(Imagem Filmes/Divulgação) 

Mas especialmente a decepção fica nas mãos de Megan Fox, que mais uma vez se resume a um personagem raso e estereotipado, servindo apenas para ser um sex symbol dentro do filme, protagonizando “cenas quentes” e fingindo que consegue ser tão ameaçadora e perigosa quanto os demais personagens. 

Tendo dito isso, devo concluir que mesmo com todos esses pontos negativos, devo ressaltar que este não é o pior filme da franquia, mas também não é o melhor, apresentando cenas de ação interessantes, com um ar de filme dos anos 90, mesmo que não funcione muito bem hoje em dia, entregando um CGI muito estranho, com reviravoltas previsíveis e batidas, mas que de maneira geral entrega o que se espera, mas que infelizmente não consegue se equiparar com os filmes mais recentes do gênero.