Crítica | O Exorcista: O Devoto

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2023 | 1 h 51 min | Terror 

(Universal Pictures/Divulgação) 

Carregando todo o peso de um filme grandioso que mudou o rumo do terror nos cinemas em 1973, “O Exorcista: O Devoto” segue como uma sequência direta ao primeiro filme, esquecendo-se das duas outras continuações, como gostaríamos de esquecer também.  Seu maior problema está justamente em ser a sequência de uma obra tão impactante.  

O longa nos apresenta a história de Angela Fielding (Lidya Jewett), uma jovem que mexe com o sobrenatural para falar com sua mãe e acaba sendo possuída junto com sua amiga Katherine (Olivia O'Neill) no processo e reaparecendo 3 dias depois de se perderem em uma floresta.  

O filme falha nos momentos que necessitamos de algo a mais, de um pouco mais de história por trás do personagem para que o público possa “sofrer” com a situação em que eles se encontram, com relação à possessão em si, todos aqueles que assistiram ao primeiro filme já estão cientes do que está acontecendo.  

(Universal Pictures/Divulgação) 

Esse é um grande problema não só desse filme como de outros exemplos recentes do terror, a falta de conhecimento fornecido ao público para sentir o peso de determinadas situações envolvendo os personagens que estão lidando com situações inimagináveis.  

A trama falha ao perder o maior trunfo que seu predecessor tinha: o poder da Igreja perante as forças demoníacas. Isso por um lado é bom ao expor que não necessariamente a Igreja católica é detentora do exorcismo e o mais importante é ter uma crença forte o suficiente para lutar contra o mal, porém esse aglomerado de crenças diferentes trabalhando em prol das garotas não só parece ser utópico como é, já que não é comum na nossa sociedade existir essa harmonia.  

Finalizando, o filme foca em mostrar que o importante é ter fé em Deus, independente de qual seja a sua religião e, para quem espera tomar muitos sustos, irá se decepcionar. Mesmo que tenham alguns momentos de sustos, porém, o foco do filme não é esse.