Crítica | O Assassino
- Fagner Ferreira
- 11 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
2023 | 1 h 58 min | Ação – Aventura – Policial

(Netflix/Divulgação)
Um lugar escuro, luz vindo apenas da janela e um pragmático assassino prestes a realizar o seu trabalho. Mas não se engane, que seja algo prático de realizar. Um monólogo de pensamentos, artifícios e curiosidades que o personagem principal vai nos dizendo, em off, sem deixar que toda a movimentação caia no tédio.
“Antecipe-se, não improvise”, o mantra que Michael Fassbender repete a todo instante como, sinal para sempre estar em alerta, mostra que o protagonista, a todo instante, se mantém qualificado para os serviços como se fosse uma máquina mortífera. Entretanto, humanos cometem erros e as consequências disso podem ser brutais.
Em seu novo filme, David Fincher traz seus maneirismos que o fizeram se destacar dentro de Hollywood. A sua capacidade de gerar o clima de suspense com as angústias predatórias dos personagens já não é novidade. O ritmo aqui vai se desenvolvendo de maneira orgânica ao ponto de estarmos agindo na pele de “O Assassino”.

(Netflix/Divulgação)
Na medida da desenvoltura da história, em um roteiro extremamente capacitado (novamente uma parceria com Andrew Kevin Walker), “O Assassino”, que não tem nome (ou vários), não precisa esboçar qualquer tipo de diálogo para dar entendimento às suas ações corriqueiras.
A trilha sonora é um ponto-chave no filme, equilibrando a tranquilidade e o frenesi bastante elaborado. Fassbender se entrega tão bem ao personagem que não precisa de esforços absurdos. Já o elenco que complementa a história aparece em pontos chaves com suas devidas importâncias, destacando-se Tilda Swinton e a brasileira Sophie Charlotte.
Entre eventos e capítulos, “O Assassino” é eficiente em sua raiz, uma boa dosagem de suspense e ação com a crível visão de Fincher em saber associar, em grande escala, os subterfúgios de uma história que se apresenta sólida em uma profusão de acontecimentos insanos.

Σχόλια