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Crítica | Nosferatu

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira Seara
    Fagner Ferreira Seara
  • 2 de jan.
  • 2 min de leitura

2025 | 2 h 12 min | Fantasia – Terror – Mistério

(Universal Pictures/Divulgação) 


O clássico Nosferatu, de 1922, é um marco dentro do gênero terror e folk. O filme de F.W Murnau, que nasceu de uma adaptação de Drácula. Se tornou inesquecível e quase meio século depois chega aos cinemas com uma nova perspectiva aos olhos de Robert Eggers que é fã da película original.  

  

Tratando-se de um “remake” a desconfiança sobre a obra nos deixa com um pé atrás, entretanto a capacidade de Robert já demonstrada em outros filmes, como A Bruxa e O Farol, mostram que o diretor tem um gabarito alto e como previsto, não decepciona, pelo contrário, ele invoca uma história de maior drama com um terror elevado dentro das suas proporções devidas, fugindo de características marcantes dentro do gênero. Os sustos, o horror e os famosos “jumpscares” estão presentes sem exageros, engrenando o ritmo da narrativa.  

(Universal Pictures/Divulgação) 

  

Thomas Hutter (Nicholas Hoult) conduz essa fascinante aventura após receber uma missão de trabalho em fechar acordo de um imóvel para o misterioso Conde Orlok (Bill Skarsgard). Sua noiva Ellen Hutter (Lily-Rose Depp), sensitiva, é contrária a essa ideia e aflita espera pelo noivo. Entretanto, as coisas começam a ficar sombrias e uma inesperada conexão de Ellen com Orlok vai ditar o rumo dessa jornada sobre amor, ódio e terror.  

 

O trabalho de Robert com Bill é fantástico, nunca vemos, de fato, o ator totalmente caracterizado no personagem, mas é nas sombras, na voz imponente com o sotaque bem carregado que o diretor quer passar ao público a imponência do vilão Conde Orlok. A pouca visibilidade da filmografia também ajuda nesse aspecto em criar o contexto sombrio, mas que pode atrapalhar um pouco a compressão dos fatos em tela.  

(Universal Pictures/Divulgação) 

 

Lili-Rose Depp é o grande destaque do filme. A sua ligação com Nosferatu e a essência do remake de Robert atinge todos os personagens envolvidos na história, sendo o melhor papel interpretado por ela até o momento. Emma Corrin e Willem Dafoe também são destaques dentro do filme, mesmo com menos tempo de tela que os demais. A dupla Nicolas e Bill mostram uma química impressionante entre “herói e vilão” usando suas características como voz, olhares e principalmente os trejeitos corporais que moldam a atmosfera de suas cenas.  

  

No mais, Nosferatu mostrou respeito à obra original, sendo digno de estar presente nas prateleiras de cima do terror, uma obra com profundidade que nos deixa com aflição, torcendo para um desfecho positivo, sem grandes exageros e na medida que deveria ser. 

Nota

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