Crítica | Ms. Marvel
- Gustavo Pestana
- 8 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
2023 | 45 min | Ação – Aventura – Comédia

(Walt Disney Studios/Divulgação)
A sétima série da Marvel no Disney+ tem a tarefa de apresentar uma personagem com um potencial gigante, e este personagem é ninguém menos que Kamala Khan, a Ms. Marvel.
Além de expandir o universo “cósmico” da Marvel de maneira indireta, devido à ligação da Kamala (Iman Vellani) com Carol Danvers (Brie Larson), a Capitã Marvel, e preparar terreno para um possível grupo formado por jovens ou outros caminhos mais tortuosos apresentados no final da série.
E por isso talvez se esperasse uma série mais pesada em termos de história e narrativa, com elementos mais sérios ou dramáticos, que fizesse jus a expectativa do público, e talvez por isso a série foi levemente massacrada pela crítica e pela grande maioria dos telespectadores, fazendo com que eu demorasse a assistir à série, o que hoje eu consigo identificar como um erro de minha parte.

(Walt Disney Studios/Divulgação)
Pois mesmo com problemas claros, eu realmente gostei do que me foi apresentado, talvez pela minha baixíssima expectativa ou pelos projetos recentes do MCU, a maneira com que a personagem é apresentada e toda a sua origem me agradou, mesmo tendo variações em relação ao andamento, mas que de maneira surpreendente não afetam diretamente os pontos positivos.
Falando primeiramente destes pontos positivos, acredito que sejam basicamente dois, a relação da Kamala com seus amigos e a relação com sua família, esses dois pontos estão ligados diretamente na maneira que ela se entende como pessoa, e afeta diretamente nos convívios e na percepção de super-heroína, fazendo com que esses momentos sejam de longe os melhores da série.
Já os pontos negativos são seus antagonistas, ou o fato de não ter uma figura que cumpra este papel, fazendo com que a série perca o ponto de equilíbrio em comparação com a parte familiar, por exemplo.
Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que apresentar os Clandestinos com esta figura e logo após apresentar o Controle de Danos com a mesma função cansa a série, mesmo que o clímax seja muito bem executado, tanto em questão filosófica quanto de ação.

(Walt Disney Studios/Divulgação)
O fato de termos essas duas forças como antagonistas, vem de encontro a “origem” do bracelete em relação à família da Kamala, já que os Clandestinos têm essa origem em comum, mas torna tudo um tanto quanto cansativo e confuso, uma excelente prova é o quinto episódio da série, que tem como foco essa origem e de longa é o mais fraco entre os seis.
Mas mesmo com esses “defeitos” a série se mostra linear, apresentando uma história de origem redonda, com uma pegada leve e juvenil, da maneira que os quadrinhos abordam a personagem, dando um ar fresco a franquia e introduzindo uma personagem extremamente carismática no meio do mundo da Capitã Marvel, que com certeza irá roubar a cena em “As Marvels”.
Como um pequeno bônus, gostaria de ressaltar a atuação de Iman Vellani, como a protagonista da série, toda a maneira que ela entrega a personagem é simplesmente lindo de se ver, mesmo nos momentos bobos ela mostra que tem um controle de atuação absurdo, e que futuramente será de grande auxílio para a Marvel como um todo.

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