Crítica | Mortal Kombat
- Fagner Ferreira
- 6 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
2021 | 1 h 50 min | Ação – Aventura – Fantasia

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Nos anos 90, diversos jogos tiveram suas adaptações e um deles foi “Mortal Kombat”, em 1995. Venerado ou odiado, o filme foi regular e caiu no esquecimento do público. Já a sua continuação, bom, é melhor nem comentar!
Chegando hoje no HBO Max, o novo “Mortal Kombat” chegou com o “pé na porta” em seu trailer, reunindo tudo aquilo que um fã da franquia espera, pelo menos essa é a primeira impressão. “Fatalites”, frases icônicas, personagens queridos, a trama exerce um excelente fan service, porém é justamente na escolha de contar a história que o filme se perde.
Contando a partir de um personagem que não existe nos jogos, Cole Young (Lewis Tan), personagem totalmente sem graça, “Mortal Kombat” tem um roteiro fraco, cheio de furos e problemas com o desenvolvimento dos seus personagens quase que, completamente, não consegue cativar o público, com ressalvas para o Liu Kang de Ludi Lin e Kung Lao interpretado por Max Huang.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
É notório que a única justificativa para o filme é introduzir “Mortal Kombat” dentro do cenário cinematográfico novamente e criar uma nova franquia de filmes, até então. Se por um lado o roteiro sem alma não ajuda a trama, a execução é razoável na direção do estreante diretor Simon McQuoid usando o que tem de melhor para apresentar no filme sem deixar nada da franquia de jogos de fora.
Os figurinos, os cenários e a fotografia são um dos poucos acertos do filme, assim como a escolha do elenco em dar prioridade para atores que saibam lutar artes marciais. Outro grande acerto é a rivalidade de Scorpion (Hiroyuki Sanada) e Sub-Zero (Joe Taslim), o ponto mais alto da trama, com duas batalhas de tirar o fôlego, porém o trailer chegou tanto com o “pé na porta” que entrega quase tudo o que ansiamos em ver.
“Mortal Kombat” entrega um filme repleto de suas essências sem mudar drasticamente sua filosofia com toda a sua violência gráfica e visual, entretanto jogar os personagens sem uma construção de aprofundamento de alguns personagens centrais para a trama e uma história que não empolgue o telespectador possa deixar o filme novamente cair no esquecimento.

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