Crítica | Meu Sangue Ferve por Você
- Gustavo Pestana

- 28 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
2024 | 1 h 37 min | Biografia – Musical – Romance

(Manequim Filmes/Divulgação)
O longa, que conta um recorte da vida de Sidney Magal, mais precisamente o encontro e início da paixão por sua amada esposa Magali West entrega uma linda história de amor, repleto de canções e um estilo estético que conversa com o estilo de Magal, criando uma obra única e com a digital do artista.
O diretor Paulo Machline consegue entregar um filme que apresenta toda a barreguice de Magal de maneira única, fazendo com que ela não seja algo ruim, mas sim um recorte do que era a vida e o estilo do cantor, o roteiro de Roberto Vitorino, Homero Olivetto, Paulo Machline e Thiago Dottori traz uma história de amor e paixão que brinca com a irrealidade e com o lúdico, não sendo à toa que o longa começa com a mensagem que o filme conta uma interpretação dessa paixão, e não o real.
Essa escolha de partir para o imaginário me agradou demais, pois não faz com que o longa se torne algo cansativo ou chato, mas sim algo vivo e que muda a todo o instante. O fato de ser um musical ajuda nessa pegada de irrealidade e imaginação que o longa quer trabalhar.

(Manequim Filmes/Divulgação)
Filipe Bragança (Sidney Magal) e Giovana Cordeiro (Magali West) estão excelentes nos personagens, embora não saiba muito a fundo da vida do casal real, eles conseguiram me entregar uma química e uma paixão que me convenceu, e isso era o mais importante para mim, além de o elenco de apoio ser tão carismático quanto os protagonistas, Emanuelle Araújo (Graça), Sidney Santiago Kuanza (Renan) e Caco Ciocler (Jean Pierre) são alguns exemplos.
Embora pareça, o longa não é uma cinebiografia de Sidney Magal, muito pelo contrário, o próprio Magal é um mero coadjuvante na trama, onde o filme todo é centrado em Magali, criando assim uma visão muito interessante da história.
Se eu tivesse que descrever esse filme, eu diria que ele é uma história de amor que coincidentemente tem Sidney Magal como personagem, e esse detalhe de não querer abordar tão afundo a carreira do cantor me agradou demais, pois deixou o foco do roteiro para o que era importante, o amor que um sente pelo outro.

(Manequim Filmes/Divulgação)
Se eu tiver de avaliar friamente o longa, ele não seria algo positivo, pois ele traz uma história simples e com furos, apresenta uma barreguice imensa e uma irrealidade nas situações que não é o convencional para histórias deste tipo, mas por algum motivo todos esses elementos funcionam, mesmo com seus erros e me faz gostar do filme.
Tanto que tenho dificuldades em descrever sobre ele, pois o que me fez gostar é muito mais ligado ao sentimento que ele causou, demostrando o tamanho do carinho que o filme tem com seus personagens, sendo basicamente uma declaração de amor de Magal para sua esposa Magali (O Magal e a Magali verdadeiros).
Fora que ter um musical repleto das músicas de Sidney Magal é um show aparte.







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