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Crítica | Matador de Aluguel

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 23 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 2 h 1 min | Ação – Suspense

Matador de Aluguel (Prime Video/Divulgação) 

(Prime Video/Divulgação) 


“Matador de Aluguel” revive a história do longa dos anos 80 protagonizado por Patrick Swayze de maneira mais moderna que faça mais sentido com a realidade dos tempos atuais, trazendo referências ao material original em cenas, acontecimentos e cenários, mas apresenta uma história rasa que não deslancha, concluindo sua trama de maneira simples e um tanto quanto surpreendente, positiva e negativamente.    

 

O longa utiliza a mesma premissa de seu longa original, apresentando um cara bom de briga que trabalha como segurança de um bar, onde acaba ajudando a limpar tanto o bar quanto a cidade da figura de autoridade que ameaça a todos.   

 

E é somente neste ponto que ele tem familiaridade com o original, todo o background do personagem principal e seus coadjuvantes é alterado para se encaixar em um contexto mais moderno, e acredito que essa alteração ajuda bastante na aproximação do público com o longa.    

Matador de Aluguel (Prime Video/Divulgação) 

(Prime Video/Divulgação) 


Embora algumas dessas alterações me façam sentir falta de elementos icônicos do longa original, como o fato dele ser um segurança famoso que tem a fama de ser o melhor, ter uma figura de “mentor” com quem possa contar, carregar sua ficha médica para o hospital devida à quantidade de lesões sofridas, ou ter seu carro constantemente destruído como retaliação por suas ações.    

 

Jake Gyllenhaal entrega um Dalton muito interessante, completamente diferente da versão de Swayze, principalmente pelo passado, já que aqui ele é um ex lutador de UFC, mas assim como no original, ele entrega um passado sombrio que o persegue, uma postura delicada e imponente, além de ser um excelente lutador.    

 

Os personagens que o cercam também são bem interessantes, e como o principal também tem alterações em comparação com o original, que fazem com que façam mais sentido no contexto em que o filme se encontra, tanto os funcionários do bar, quanto Ellie (Daniela Melchior), quanto Ben Brandt (Billy Magnussen) e principalmente Knox (Conor McGregor).    

Matador de Aluguel (Prime Video/Divulgação) 

(Prime Video/Divulgação) 


Que surpreendentemente entrega um personagem muito maneiro e completamente alucinado, tendo uma postura ameaçadora que faz contraponto com a personalidade de Dalton e apresentando um indivíduo que causa um certo desespero nos demais em cena quando aparece, combinando perfeitamente no contexto do longa, além de apresentar alguns momentos de comédia que estranhamente faz sentido com sua personalidade.    

 

Sua carreira como lutador profissional favorece demais sua atuação, principalmente em relação a sua postura e nas cenas de lutas, que são simplesmente maravilhosas, trazendo um dinamismo e um impacto muito grande para as cenas, onde cada soco que os personagens levam faz com que nós que estejamos assistidos sentirmos a porrada, além de todas as outras cenas de ação que são muito boas.    

 

O terceiro terço do longa não me agradou muito, onde todo o acontecimento do barco me fez lembrar “Assassino a Preço Fixo 2”, que, a meu ver, descaracteriza um pouco o personagem, já que até o momento, ele não havia demostrado nenhum tipo habilidade para executar algo parecido com o que aconteceu.   

Matador de Aluguel (Prime Video/Divulgação) 

(Prime Video/Divulgação) 


Mas logo após essa cena temos a maravilhosa briga final entre Dalton e Knox que simplesmente é o suprassumo das cenas de lutas do filme, culminando em acontecimentos que me surpreenderam, pois honestamente achei que o longa fosse seguir por um caminho e foi para outro que faz com que o longa possa ganhar continuações.   

 

De maneira geral, “Matador de Aluguel” é um bom filme, que tem seus méritos, mesmo sendo diferente do original, funcionando bem nas proporções em que se apresenta, entregando comédia, ação e aventura de maneira satisfatória.   

 

Não chega a ser o melhor filme de ação dos últimos tempos, mas que merece ser assistido, o fator remake não atrapalha essa e nem a história original, já que basicamente cada uma segue um caminho diferente. 


Nota

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