Crítica | Ladrões
- Gustavo Pestana

- 14 de set.
- 2 min de leitura
2025 | 1 h 47 min | Comédia – Policial – Suspense
(Sony Pictures/Divulgação)
O aclamado diretor Darren Aronofsky, responsável por obras marcantes como Réquiem para um Sonho, O Lutador e A Baleia, retorna às telonas com Ladrões, estrelado por Austin Butler e um elenco de peso que inclui Regina King, Zoë Kravitz, Matt Smith e Vincent D'Onofrio.
Pelos trailers e materiais de divulgação, a expectativa era de um thriller de ação cheio de tensão, diálogos bem elaborados e uma trama envolvente. No entanto, a experiência em sala de cinema revelou algo bem diferente.
A narrativa acompanha Hank Thompson (Butler), um jovem apaixonado por beisebol que trabalha em um bar. Sua vida muda drasticamente quando o vizinho e amigo Russ (Smith) precisa deixar a cidade, arrastando-o para um emaranhado de conflitos com portorriquenhos, russos e judeus, esse envolvimento de Hank faz com que a história dá voltas constantes até chegar a uma conclusão que não surpreende e decepciona um pouco.
(Sony Pictures/Divulgação)
O maior problema de Ladrões está no ritmo irregular. O filme demora a engrenar, e quando finalmente acelera, descarta a maioria dos personagens rapidamente, principalmente os que mantinha o mínimo de troca com Butler, desperdiçando o tempo investido na construção inicial. Esse desequilíbrio deixa Austin Butler limitado, já que depois de um tempo o filme se torna correria, fazendo que ele se perca em meio a ação desnecessária e plots previsíveis.
A narrativa é simples, mas contada de maneira apressada e, por vezes, confusa, tanto que ao fim da sessão, tive a necessidade de discutir com amigos para confirmar se tinha realmente compreendido todos os detalhes, e surpreendendo um total de 0 pessoas, não havia entendido tudo, porém havia entendido o conceito da história, o que se mostrou suficiente para prosseguir com o filme. Sendo bem honesto, ter entendido de maneira definitiva a relação dos portorriquenhos, russos e judeus não alteraram em nada a história, só me fez ter mais questões sem respostas.
No fim, Ladrões é um filme que não irrita, mas também não empolga. Funciona melhor como entretenimento descompromissado, daqueles que caem como uma luva em uma noite de streaming, do que como uma experiência cinematográfica que é o que normalmente se espera quando vamos ao cinema. Para fãs de Austin Butler, ainda vale a ida ao cinema, pois mesmo com todas as limitações, ele entrega uma atuação boa, mas para os demais, talvez seja melhor esperar pela estreia nas plataformas digitais.
Apesar das falhas, não considero a produção um total desperdício, apenas uma obra que deixa a sensação de que poderia ter entregado muito mais em termos de história e personagens.



































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