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Crítica | Guerra Civil

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 17 de abr. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 1 h 49 min | Ação – Aventura – Suspense

Guerra Civil (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


O mais novo filme da A24 apresenta a história de um grupo de jornalistas em meio a uma guerra civil nos Estados Unidos, onde todos decidem adentrar o campo de batalha mais perigoso da guerra, em busca do que seria a matéria jornalística mais importante de toda a guerra.    

 

Apresentando todos os perigos e dramas que a profissão deve suportar para se conseguir construir uma carreira solida nessa área em específico, tendo como foco a jornada desse grupo, onde a bússola moral sempre é a informação verdadeira e a propagação da informação de maneira clara e imparcial.    

 

Mediante a esta premissa, o longa varia entre tensão, emoção e drama, mostrando a crescente de uma aspirante do fotojornalismo, em comparação com uma já consolidada na área, apresentando todo o peso que é estar em uma guerra, os perigos que se deve correr e o preço que se paga emocionalmente para conseguir registrar todos esses momentos da maneira mais real possível.    

Guerra Civil (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


O elenco principal do longa é simplesmente magnifico, Kirsten Dunst (Lee), Wagner Moura (Joel), Cailee Spaeny (Jessie) e Stephen McKinley Henderson (Sammy) entregam personagens muito diferentes uns dos outros, tanto em personalidade, função e idade, trazendo percepções diferentes sobre suas vivências e interpretações sobre suas funções naquilo que fazem.    

 

Mas, ao mesmo tempo, todos partilham uma similaridade, que é a sede por trazer a informação a todo custo, não pensando duas vezes em se colocar em risco e conviver com todos os traumas e problemas que as guerras geram nas pessoas.    

 

A relação dos personagens é o carro emocional do filme, já que embora estejamos em uma zona de guerra, a relação entre eles é o pilar para nos conectarmos com eles, e em meio a isso, temos relações muito especiais, que nos conectam de maneira surreal com os personagens, por exemplo.    

Guerra Civil (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


Lee (Kirsten Dunst) e Joel (Wagner Moura), são dois parceiros que trabalham juntos adentrando campos de batalha em busca da notícia, fazendo com que tenham uma relação muito próxima, além dos dois atores terem uma química de amizade e companheirismo muito grande, ajudando a entregar o sentimento necessário para a dupla.    

 

Outra relação muito interessante é a de Lee (Kirsten Dunst) e Joel (Wagner Moura) com Sammy (Stephen McKinley Henderson), que funciona quase como se ele fosse um pai para os dois, justamente pela sua idade, e por tempo de carreira, onde existe um sentimento de respeito e amor muito grande entre eles, onde cada um, tenta tomar conta do outro a todo momento, trazendo esse ar família para dentre dessa área de conflito onde se encontram.    

 

E por último, mas não menos importante, temos a relação de Jessie (Cailee Spaeny) com Lee (Kirsten Dunst), onde ela funciona praticamente como uma mentora e um vislumbre do futuro, já que ambas têm a mesma função na equipe, e que são extremamente parecidas (fator mencionado a todo momento), trazendo para nós que estamos assistindo um comparativo maravilhoso de uma pessoa que sonha em ser importante na carreira e outra que atingiu esse objetivo e sobre com as consequências.    

Guerra Civil (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


O filme acerta muito em não se posicionar politicamente mediante a guerra civil que está acontecendo, mesmo que em alguns momentos ele de a sensação que se posiciona para algum viés político, mas variando entre todas as possibilidades, deixando claro que ele não quer falar sobre política, e sim sobre jornalismo.    

 

Todo o clima de tenção que ele cria é simplesmente perfeito, as situações que o grupo tem de enfrentar te deixa na ponta da cadeira, juntamente com uma fotografia belíssima que consegue trazer a sensação de realmente estar dentro do conflito, além do som do filme ser simplesmente perfeito, pontuando todo o caos sonoro que é a guerra, intercalando com o silêncio, trazendo um desconforto que combina demais com a situação que os personagens estão.    

 

De maneira geral o filme entrega muito mais do que eu estava esperando, apresentando uma linha narrativa muito assertiva em relação ao roteiro, com atuações maravilhosas e momentos chave que te surpreendem, evolui seus personagens de maneira sutil, porém por meio de medidas radicais, te fazendo sentir tudo que eles sentem e te impressionando no quesito visual e sonoro, culminando em uma história simples e impactante. 


Nota

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