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Crítica | Godzilla e Kong: O Novo Império

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 28 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 1 h 55 min | Ação – Aventura – Fantasia

Godzilla e Kong: O Novo Império (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


“Godzilla e Kong: O Novo Império” nada mais é do que uma expansão do Monsterverse fundamentado em briga de titãs em meio a um passado conturbado e um mundo dentro do mundo, com uma linha narrativa confusa, cansativa e cheia de furos, compensando somente a base da história, que é briga de monstro gigante.   

 

Esse filme é mais um que se encaixa na faixa da expectativa e realidade, onde a experiência que você terá com o longa é muito relacionada com o que você espera deste projeto.    

 

No meu caso, eu pretendia ver um longa divertido com briga de monstros gigantes com uma mínima linha narrativa, que expandisse o universo de maneira satisfatória e que não diminuísse o legado do Godzilla e do Kong, e é exatamente isso que o filme me entregou, muito parecido com tudo que me foi apresentado na franquia até agora.    

 

Mas se você estiver procurando uma história bem elaborada, com tramas e subtramas bem amarradas, com uma linha narrativa que faça um sentido absurdo e que expanda o universo de maneira exemplar e com eficiência, ficará decepcionado, pois a parte narrativa do longa é completamente esburacada e cheia de erros, então não espere ver “Godzilla Minus One”.    

Godzilla e Kong: O Novo Império (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


O elenco humano é provavelmente a pior parte do longa, se mostrando cansativo e repetitivo, tendo como função te contar exatamente tudo sobre o passado dos monstros enquanto os vemos descobrindo as coisas, na prática.    

 

Embora eu entenda que é de extrema importância contar a história de maneira falada, pois os monstros não possuem essa habilidade de comunicação, tornando muito difícil contar exatamente toda a história que o filme pretende, deixando tudo em um âmbito mais abrangente e muito mais suscetível ao erro.    

 

Mas o grande problema desta parte do roteiro é a quantidade de acontecimentos que eles têm de passar para conseguir chegar no ponto alto da história, me trazendo a sensação de que muito dos acontecimentos foram corridos e colocados ali somente como um meio para um fim, desbalanceado em comparação com a parte dos monstros gigantes.    

Godzilla e Kong: O Novo Império (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Talvez se resumissem um pouco esses acontecimentos e fossem direto para a parte final, onde realmente acontece o que importa, tornaria tudo mais simples e teria mais tempo para trabalhar o conceito, fazendo com que, talvez, eles se tornassem mais interessantes.    

 

Falando dos grandões, vou falar separadamente deles, começando com o Godzilla.   

 

Nitidamente este deveria ser Kong 2, pois ele é praticamente o coadjuvante do filme, servindo somente como um grande trunfo que irá ajudar no embate final, onde basicamente o filme todo ele passa armazenando energia para combater uma ameaça que ele nem sabe o que é, e quando chega a hora, ele faz exatamente o que se espera dele, dá porrada em outro monstro.    

 

O Kong, por outro lado, é o grande centro do filme, toda a história gira entorno de seu passado e seu futuro, tanto que a base do elenco humano é o mesmo que o estudava em “Godzilla vs Kong”, sendo o “vilão” do filme, alguém relacionado a ele, deixando ainda mais claro que este deveria, sim, ter sido o Kong 2.    

Godzilla e Kong: O Novo Império (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


O “vilão” poderia ter sido mais. Sua presença é imponente e suas cenas de luta muito interessantes, mas sua história eu achei um tanto quanto fraca, e sua motivação achei um tanto quanto exagerada, talvez se tivessem feito algo mais contido, faria mais sentido e funcionasse melhor, mas não posso reclamar do que foi apresentado, pois vai de encontro com a minha expectativa do filme.    

 

A parte da história que envolve diretamente os monstros gigantes, é de longe a mais interessante, culminando em excelentes cenas de batalha, tanto do Kong, quanto do Godzilla, onde o ápice da ação acontece aqui no Rio de Janeiro, trazendo um gostinho mais especial para essa batalha final, com direito a destruição de pontos turísticos e correria na praia, sendo talvez o único ponto negativo dessa sequência é saber que muito foi cortado do filme, então poderíamos ter tido mais do que foi entregue.    

 

“Godzilla e Kong: O Novo Império” foi um filme divertido, com excelentes cenas de ação que cumpre exatamente o que ele propõe a fazer, traz grandes embates entre monstros gigantes em uma história minimamente linear, culminando em batalhas grandiosas e leques de possibilidades para o futuro, fazendo com que essa franquia dure mais alguns bons anos.


Nota

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