Crítica | Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
- Gustavo Pestana

- 27 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 1 h 55 min | Aventura – Comédia – Fantasia

(Sony Pictures/Divulgação)
“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” continua a história de “Ghostbusters: Mais Além” (2021), expandindo ainda mais a história iniciada em 1984, mas agora voltando a suas origens, em Nova York, na sede original e com a presença maior dos membros originais do grupo.
Mas mesmo com esses pontos o filme não consegue chegar perto do que foi o longa anterior, e apresenta uma história mais ou menos, que sofre com a quantidade excessiva de personagens, demonstrando que a grande maioria tem função narrativa praticamente nula, focando em somente alguns poucos personagens, e mesmo assim, não trabalha muito bem a história que pretendiam contar.
A premissa básica do longa é a de que, após anos guardando os fantasmas no mesmo lugar, o recipiente está ficando cheio e eles precisam evoluir o local de armazenagem, juntamente com o equipamento da equipe para os dias atuais, e esse é um dos melhores pontos da história.

(Sony Pictures/Divulgação)
Mas em meio a isso, um novo fantasma chamado Garraka surge e tem um plano terrível de transformar toda a Nova York em um paraíso congelado, através de seus poderes malignos.
Mas para isso, o longa apresenta uma história batida e clichê envolvendo Phoebe Spengler (Mckenna Grace) e Melody (Emily Alyn Lind), um fantasma com quem fez amizade, tendo um desenvolvimento chato e previsível, e uma conclusão não muito satisfatória, em contraparte a essa história temos a expansão do que seria a sede dos Ghostbusters, com mais tecnologia e pessoas trabalhando no desenvolvimento de equipamentos e soluções para os problemas, diferente de como era no início da equipe.
Sendo esses dois os principais focos do longa, deixando claro ignorando que os demais personagens que fomos apresentados no filme anterior não tem função narrativa aqui, Gary Grooberson (Paul Rudd), Callie Spengler (Carrie Coon), Trevor Spengler (Finn Wolfhard), Lucky (Celeste O'Connor) e Podcast (Logan Kim), que aqui funcionam como meros coadjuvantes, e não influenciam em nada a história, ficando chato, já que queríamos ver mais dos novos personagens atuando como Ghostbusters.
Mas acho que o ponto mais baixo para mim é a introdução do fator magia, não quero me aprofundar muito, pois seria spoiler, mas não existe mais somente a tecnologia contra os fantasmas, agora também existe magia nesse universo, o que, a meu ver, não combina com a premissa do que é os Ghostbusters, podendo chegar a um ponto onde a inteligência e a coragem deles não seja o suficiente.

(Sony Pictures/Divulgação)
Mas, mesmo assim, é sempre legal ver os Ghostbusters em ação, principalmente porque aqui temos a presença do grupo original de volta, Peter Venkman (Bill Murray), Ray Stantz (Dan Aykroyd), Winston Zeddemore (Ernie Hudson) e Janine Melnitz (Annie Potts), que devo ressaltar que obteve sua reparação histórica e finalmente vira uma Ghostbusters, com direito a macacão e tudo.
Misturando a nova com a antiga geração, e deixando claro que existe sim uma passagem de bastão em relação à equipe, mas que o passado nunca será esquecido e que o futuro pode ser muito promissor, basta só escrever uma história um pouco mais elaborada do que a que tivemos aqui.
No entanto, eu me diverti com o filme, mesmo que tenha me decepcionado nesses pontos que mencionei ao longo do texto, ele entrega cenas de ação muito interessantes e fantasmas muito bons, visual e narrativamente, apresentando elementos de expansão que fazem sentido e que podem ser muito bem aproveitados no futuro, basta só ter mais calma e paciência com os personagens, e com a história, pois todo o universo é rico e interessante.







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