Crítica | Furiosa: Uma Saga Mad Max
- Gustavo Pestana
- 23 de mai. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 2 h 28 min | Ação – Aventura – Ficção científica

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
“Furiosa: Uma Saga Mad Max” traz o passado da personagem estrelado por Charlize Theron em “Mad Max: Estrada da Fúria”, mas dessa vez indo fundo na história da personagem, explicando tudo sobre sua origem, sua ligação com Immortan Joe e mais elementos de seu passado que não sabíamos, trazendo uma compreensão maior do que podíamos esperar.
Diferente do longa de 2015, este aqui tem um ritmo completamente diferente, enquanto o outro tinha um ritmo muito forte medido em ação frenética, este aqui foca na narrativa, trazendo muita história e compreensão da personagem como o principal, mas obviamente sem deixar a ação e os elementos que formam o universo de Mad Max.
A história é dividida em capítulos, onde somos apresentados a pontos diferentes de Furiosa, começando com sua infância.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Alyla Browne é a responsável por dar vida a personagem nesta fase, e entrega isso de maneira exemplar, mostrando um poder de atuação muito grande e um carisma imenso, tanto nas cenas solo, quanto em conjunto com sua mãe, Mary Jabassa (Charlee Fraser) ou Dementus (Chris Hemsworth), mas o que mais me surpreendeu é o tamanho da história que envolve a jovem Furiosa, muito maior do que eu esperava e muito melhor do que achei que pudesse ser.
Aproveitando que já mencionei Hemsworth e seu personagem Dementus, tenho que ressaltar a atuação dele no longa.
Ele simplesmente entrega um personagem maravilhoso, repleto de camadas e loucura, completamente diferente de Immortan Joe, sendo assim um personagem único, que entrega carisma, ameaça, loucura e aquele ar de imprevisibilidade, tornando assim um antagonista perfeito, além de ficar nítido que foi algo muito divertido para Hemsworth fazer, pois a energia que ele põe em cena é algo surreal.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
A nossa protagonista, vivido aqui pela maravilhosa Anya Taylor-Joy, tem uma tarefa complicada em sua frente, pois além da dificuldade de interpretar uma personagem tão querida pelos fãs, ela tem de superar ou igualar o trabalha de Charlize Theron, o que não é uma tarefa fácil, e por isso é difícil ter uma resposta assertiva sobre sua atuação, mas irei analisar conforme a minha percepção.
Neste período em que acompanhamos Furiosa, ela tem uma personalidade um pouco mais agressiva e introspectiva, mais ou menos parecida com a personalidade que somos apresentados no início de “Estrada da Fúria”, limitando o alcance de carisma que Anya poderia alcançar, e por isso acho que fica esse tom de que ela não chega ao nível do que Charlize entregou.
Mas isso de maneira alguma diminui o filme. Como mencionei logo no início da crítica, a proposta deste longa é diferente, e por isso acho que funciona muito bem termos essa diferença das personagens, engrandecendo ainda mais o filme.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Mas, mesmo assim, eu tenho pontos negativos para mencionar, como, por exemplo, a duração do longa, que é grande demais, apresentando 2 h 28 min, fazendo com que em alguns pequenos momentos a história fique um pouco arrastada, e por ter muita história, eu senti falta de mais cenas de ação, mesmo que tenham excelentes cenas, mas acredito que isso tenha mais ligação com a minha expectativa do que com deméritos do filme.
Por isso acho que “Furiosa: Uma Saga Mad Max” é um excelente filme que com certeza fará muito barulho com o público, sua fotografia, seu som, ação, drama, montagem e praticamente todos os pontos técnicos são impecáveis, fazendo jus ao que o anterior foi, além de entregar uma história interessante e dinâmica, onde não estraga de forma alguma a personagem, e sim a engrandece ainda mais.

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