Crítica | Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
- Gustavo Pestana

- 9 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 1 h 42 min | Ação – Aventura – Comédia

(Paris Filmes/Divulgação)
Antes de adentrarmos na crítica, devo avisar que irei analisar o filme individualmente, e não comprando ao jogo, até porque, quase não joguei os jogos da franquia, então não me sinto seguro e no direito de analisar se ele é fidedigno ao material original, tendo dito isso, vamos para o que interessa.
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo traz um espírito aventuresco repleto de ação, paisagens e cenários espetaculares, seguindo uma narrativa simples e um tanto quanto previsível, se inspirando em clássicos do cinema para compor sua história.
O diretor Eli Roth (Feriado Sangrento) busca emular a sensação de aventura que sentimos quando jogamos o jogo, trazendo uma narrativa que lembra muito uma estrutura do game, onde temos pequenas missões que vão encaminhando para o abjetivo final, mas infelizmente só ficamos na tentativa, pois a emoção e a adrenalina que sentimos ao jogar um jogo deste estilo não foi transmitida para nós que estamos assistindo ao filme.

(Paris Filmes/Divulgação)
Quando assistimos uma adaptação de jogo, é de extrema importância que o filme transmita a sensação que temos quando jogamos o jogo, pois a experiência prévia que temos com aquele universo que estamos assistindo é mais profundo do que só ficar parada assistindo aos acontecimentos em tela, e essa sensação de ficar na ponta da cadeira vibrando pelos personagens e de expectativa com o que acontecerá nunca chega neste filme.
O elenco do projeto é extremamente estrelado, contando com nomes como Cate Blanchett (Lilith), Kevin Hart (Roland), Jamie Lee Curtis (Tannis), Ariana Greenblatt (Tiny Tina), Florian Munteanu (Krieg) e Jack Black (Claptrap), mas devido ao roteiro previsível e a pouca conexão dos personagens com o público, vemos todos esses atores trabalhando no automático, e mesmo com a capacidade absurda que temos em quesito atuação, não conseguimos nos conectar com os personagens. Para você ter ideia, conseguiram fazer o Kevin Hart não ser engraçado, o que honestamente me entristece um pouco.
Como mencionado no início, a história principal é previsível e muito baseada em outros clássicos do cinema, como Star Wars e Indiana Jones, o que nos dá a sensação de que já vimos isso em algum lugar e nos deixa a impressão de que sabemos como a história vai acabar, e é exatamente dessa maneira que achamos que acaba.

(Paris Filmes/Divulgação)
Mas mesmo com esses pontos negativos, devo ponderar que o filme não é ruim, as cenas de ação e todo o ambiente e mitologia aqui apresentados são muito interessantes e bem feitos, fazendo com que o grande diferencial da história seja o ambiente e mitologia, e não a narrativa em si.
O pouco que pesquisei e conversei com pessoas que jogaram os jogos com mais afinco do que eu, apontaram lugares, acontecimentos e personagens que são referências diretas dos games, e por isso talvez este longa tenha sido feito para agradar a este público, e por isso não tenha me agradado tanto.
Para concluir, quero reafirmar que Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo é divertido, com boas cenas de ação e uma ambientação muito própria, assim como é no jogo, e se você é fã da franquia ou estiver em busca de uma aventura simples, divertida e com uma pitada de ação, vale a pena assistir ao filme.







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