Crítica | Besouro Azul
- Gustavo Pestana

- 16 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
2023 | 2 h 7 min | Ação – Aventura – Ficção científica

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
A tão aguardada estreia de Bruna Marquezine no cinema internacional está chegando.
O mais novo longa da DC “Besouro Azul” estreia amanhã nos cinemas, e a convite da Warner e Espaço Z, nós do LZ tivemos a oportunidade de assistir ao filme e agora vamos falar um pouco do que achamos sem spoiler. E para começar, já aviso que o longa tem duas cenas pós-créditos, onde a primeira é realmente importante e a segunda é uma piada, mas recomendamos que assista as duas cenas.
“Besouro Azul” traz a história de Jaime Reyes (Xolo Maridueña) tendo contato com o escaravelho alienígena que o transforma no Besouro Azul, e com a ajuda de sua família e de Jenny Kord (Bruna Marquezine) evitar que o artefato seja usado para fins questionáveis.
Com isso em mente, podemos começar a destrinchar o longa, como, por exemplo, o fato dele ser extremamente comum, não tendo vontade de ser algo megalomaníaco como geralmente tem sido os longas do gênero como um todo, ele se preocupa em ser simples, e transmitir a energia que latina que o filme tem, buscando literalmente ser algo simples, porém feito de maneira exemplar, trazendo uma história com início, meio e fim, trabalhando seus personagens da maneira necessária para contar essa história.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
O afastamento de qualquer tipo de universo compartilhado existente ou vindouro da DC é sem dúvidas um acerto, criando um filme que é autocontido, mas que mesmo assim menciona outros elementos da DC, mas que em momento algum crava seu universo, deixando o caminho aberto para Gunn aproveitar estes personagens futuramente se assim desejar (lembrando que Gunn já havia declarado que este filme faz parte de seu universo).
Seus personagens coadjuvantes também são maravilhosos, toda a família Reyes é muito carismática e divertida, principalmente o Tio Rudy (George Lopez), que dentre todos da família é o que mais tem destaque, sendo um maravilhoso alívio cômico que funciona nos momentos adequados.
Outro ponto importante para este filme é o CGI, diferente das últimas produções do gênero e principalmente da DC, aqui o CGI está maravilhoso, sendo talvez o melhor CGI do ano em filmes de heróis.
Mas nem tudo são flores, o filme sofre do roteiro “conveniente”, onde acontecimentos são explicados por simples coincidência, fato que me desagrada.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Mas, por incrível que pareça, este fato não chega a estragar a experiência do longa, só traz a sensação de que está tudo tão corrido devido à urgência dos acontecimentos que o roteiro deixa a sensação de que poderia ser trabalhado de uma maneira melhor.
Porém, temos em alguns momentos a sensação contraria, nos apresentando construções “sutis” que culminam e justificam ações de alguns personagens que inicialmente seriam estranhas, trazendo ainda mais a sensação de que o roteiro teve preguiça ou dificuldade em elaborar melhor esses momentos de coincidência.
De maneira geral, o longa é ótimo, sendo divertido, repleto de ação e com uma história redonda, mesmo que seja simples, focando em seus personagens e em sua ambientação, trazendo uma representatividade para o povo latino de maneira exemplar, e construindo um caminho que pode sim (e deveria) ser aproveitado no futuro, pois seus personagens têm espaço para crescer e seus atores têm mais a entregar.







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