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Crítica | Bailarina - Do Universo de John Wick

  • Foto do escritor: Lobisomem Zumbi
    Lobisomem Zumbi
  • 4 de jun.
  • 4 min de leitura

2025 | 2 h 5 min | Ação – Suspense 


Bailarina – Do Universo de John Wick terá uma crítica diferenciada, pois não terá apenas a opinião de uma pessoa, e sim de duas. Então fica ligado para saber mais a fundo a opinião do nosso querido Gustavo Pestana e do Fagner Ferreira a respeito desse mais novo filme do universo de John Wick


(Paris Filmes/Divulgação) 

 

O segundo spin-off da franquia John Wick chega com a promessa de revitalizar o universo iniciado 2014, mas tropeça justamente onde mais se esperava inovação. Bailarina – Do Universo de John Wick tenta oferecer um novo olhar sobre esse mundo, agora com uma protagonista feminina no centro da ação, mas acaba esbarrando em uma trama genérica e pouco ousada. 

 

O longa prometia explorar com profundidade a mitologia das bailarinas, introduzida de forma breve em John Wick 3 – Parabellum, e apresentar uma narrativa independente da sombra de Keanu Reeves. A proposta de mergulhar no treinamento rigoroso dessas personagens e oferecer uma nova perspectiva sem depender diretamente de John Wick era, sem dúvida, empolgante. No entanto, o filme entrega mais do mesmo. 

 

A história de vingança que move Eve, interpretada por Ana de Armas, é praticamente uma releitura de John Wick – De Volta ao Jogo, com mudanças mínimas na estrutura e sem grandes surpresas. Embora Ana esteja à vontade no papel e demonstre presença em cenas de ação, sua personagem não alcança o impacto ou a complexidade emocional que Reeves conferiu ao seu icônico assassino de aluguel. Mesmo com um arco pessoal razoavelmente construído, falta à protagonista um diferencial que a torne memorável dentro da própria franquia. E não digo isso baseando na figura de Keanu, mas sim em outros trabalhos da atriz, tendo certeza de que capacidade para entregar uma personagem de tal nível é muito viável. 

 

Os coadjuvantes seguem a mesma linha: são funcionais, mas previsíveis. Cada novo personagem parece encaixado em um estereótipo já conhecido pelos fãs do gênero. Suas motivações são rasas, e suas presenças pouco acrescentam ao universo, desperdiçando oportunidades de expandir verdadeiramente esse mundo tão rico e visualmente cativante. 

 

Ainda assim, Bailarina funciona como um filme de ação: tem ritmo, coreografias bem executadas e estética coerente com o universo John Wick. É um entretenimento sólido para os fãs mais dedicados da franquia, que desejam continuar explorando esse mundo repleto de códigos, sociedades secretas e violência estilizada. 

 

Entretanto, a produção sofre com sua dependência da figura John Wick e com a ausência de originalidade. A falta de ousadia no desenvolvimento do universo das bailarinas é frustrante, e o final previsível deixa uma sensação agridoce. O sentimento predominante ao fim da sessão não é empolgação, mas indiferença. 

 

Importante destacar: o fato de Bailarina ter uma mulher no papel principal não é o problema e nem deveria ser o foco das críticas. A narrativa seria igualmente rasa com um protagonista masculino. O verdadeiro ponto fraco está na execução morna, que não aproveita o potencial da personagem, da atriz e do universo que poderia ser expandido com muito mais criatividade e personalidade. 

 

Se você é fã da franquia John Wick, a ida ao cinema pode valer pela curiosidade e pela familiaridade com o estilo visual e de combate. Mas se a intenção é apenas curtir um filme de ação diferente dos demais, talvez seja mais interessante aguardar a estreia nas plataformas de streaming. 

Gustavo Pestana 

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(Paris Filmes/Divulgação) 


A franquia John Wick segue usando sua fórmula intensa para conquistar uma nova leva de fãs. Entre socos e pontapés, a vingança é novamente a força motriz que conduz o primeiro spin-off em longa-metragem da franquia, Bailarina, que tende a ser o início de uma expansão do universo de John Wick com uma variedade de personagens da saga. Agora, será que Bailarina conseguiu dar esse "start" para um possível universo rodeado de contratos, lutas e vinganças? 

 

A resposta é positiva em tela. Somos agraciados com Ana de Armas no papel principal, se entregando freneticamente ao papel. O ímpeto vingativo de sua personagem, após a morte do pai por uma seita quando ela ainda era criança, é o elemento essencial para a desenvoltura da personagem nos três atos do filme, que podemos definir em apresentação, evolução e execução. A direção de Len Wiseman é certeira em criar uma estrutura narrativa bem definida dentro dessas partes que compõem a personalidade da personagem central, sem cair em quaisquer estereótipos baratos de filme de ação. Wiseman é especialista em criar dinamismo e profundidade às suas personagens em filmes de ação e, aqui, transcende sua aura em tudo que já foi feito pelo diretor. Se há certos buracos no roteiro, as sequências escolhidas conseguem cobrir esses problemas de forma sucinta, em um enredo bastante perspicaz e de qualidade. 

 

Se a preocupação de que a sombra de Keanu Reeves pudesse ofuscar a atuação de Ana de Armas foi superada com sucesso. Keanu aparece em momentos pontuais, colocando toda a importância dos fatos para Ana de Armas, que está sensacional como Bailarina. A atriz se entrega fisicamente ao papel, e temos a qualidade já notória da franquia nas cenas de ação. O cuidado da atriz ao transmitir a carga emocional da personagem-título é visível, sem exageros; a sua história é contada de maneira linear, em constante evolução até o terço final do filme. 

 

O que peca no filme são algumas escolhas em não dar maior sequência para a sua apresentação de maneira mais significativa para a alma do filme; entretanto, nada disso atrapalha o bom andamento do enredo, mesmo sabendo que a película passou por diversas dificuldades na produção e em sua data de estreia. 

 

Bailarina nos apresenta uma guerreira insaciável por resultados, seja por vingança pessoal ou contrato profissional. Ana de Armas consegue dar segmento qualitativo à franquia e dar os primeiros passos positivos da personagem para uma vindoura expansão de universo que já consolidou John Wick dentro da cultura pop de filmes de ação como referência. 

Fagner Ferreira 

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