Crítica | Assassino Por Acaso
- Gustavo Pestana
- 12 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
2024 | 1 h 55 min | Comédia – Policial – Romance

(Diamond Films/Divulgação)
“Assassino Por Acaso” conseguiu fazer algo que muitos filmes não conseguem fazer hoje em dia, ele te surpreende com sua história bem amarrada e construída, te diverte, não te trata como idiota nas suas explicações e não tenta ser algo maior do que ele precisa ser, se contentando em ser um simples filme de comédia.
Estrelado por Glen Powell (Gary Johnson) e Adria Arjona (Madison Figueroa Masters), o filme apresenta uma história real, onde acompanhamos Gary Johnson um professor que também trabalha para a polícia fingindo ser um assassino de aluguel para prender aqueles que o contratam, mas certo dia ele acaba quebrando o protocolo para salvar uma mulher desesperada que tenta fugir de um namorado abusivo, fazendo assim com que sua vida comece a se misturar com a fantasia de seus personagens.
Essa história por mais absurda que aprece é extremamente divertida e emocionante, já que ela questiona pontos importantes sobre a personalidade humana e como você se enxerga perante o mundo, fazendo contraponto direto com sua vida como “assassino profissional”, gerando diversos momentos cômicos para o longa.

(Diamond Films/Divulgação)
Powel se mostra um excelente ator, dominando completamente o personagem e todas as suas variações de personalidades, fazendo com que o público nunca fique entediado com a história e com essas trocas constantes, mas o grande ponto de sua atuação é a mudança gradativa da sua personalidade base, ou seja, a personalidade de Gary Johnson, mostrando na prática o que seu discurso como professor vem falando durante todo o filme.
Sua parceira de atuação Adria Arjona também entrega uma personagem incrível, mostrando a fragilidade da personagem, com uma sensualidade e até um ponto de psicopatia, evoluindo também todos esses pontos, assim como Glen, mas de maneira mais sutil e permanente, culminando em uma personagem tão complexa e divertida quanto Gary.
Os demais personagens que cercam essa dupla funcionam para seus propósitos, servindo como escadas para as piadas e âncoras para a história, trazendo todo o risco e comédia que as cenas precisam, mas sempre com a cabeça de que embora o filme seja sério, não é algo que realmente deve se levar a sério, e isso é um dos pontos principais da trama.
O filme é leve, divertido, sensual e muito bem contato, fazendo com que eu tivesse uma grande surpresa, pois não esperava muito quando fui assistir, mesmo que ele não seja uma obra perfeita, é com certeza um dos filmes de comédia que mais me agradou nos últimos tempos, e vale muito a pena ser assistido nos cinemas.

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