Crítica | Adão Negro
- Fagner Ferreira
- 20 de out. de 2022
- 2 min de leitura
2022 | 2 h 5 min | Ação – Aventura – Fantasia

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Após anos se preparando para tirar o personagem do papel, Dwayne Johnson estreia no Universo da DC com todo seu carisma e físico em “Adão Negro”, filme onde o mesmo foi um dos produtores.
Teth Adam (Dwayne) não traz consigo o título de herói ou até mesmo anti-herói. Cerca de cinco mil anos após livrar seu povo da escravidão, em Kahndaq, o personagem-título aparece sendo novamente evocado por Adrianna (Sarah Shahi) e humanizado por Amon (Bodhi Sabongui) para se tornar novamente protetor da terra natal. Com tudo, as adversidades e a Sociedade da Justiça querem impedir Adam de usar seus poderes quando está em fúria.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Se a sinopse pareça algo simplório demais, é justamente o enredo da trama que vai delimitar o filme com um ritmo cadenciado, sem querer dar muitas explicações mastigadas em tela. O começo expressa bem esse processo, com um narrador dando uma breve história. Com uma fotografia que se assemelha ao filme “300”, o diretor Jaume Collet-Serra constrói uma trama definindo bem suas subtramas sem deixar pontas soltas em roteiro assinado por Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani. O trio conduz a história com boas reviravoltas e sem deixar outros personagens serem esquecidos.
A introdução da Sociedade da Justiça em “Adão Negro” é um dos pontos altos do filme. Aldis Hodge está fantástico como Gavião Negro. Quintessa Swindell é uma grata surpresa como Ciclone. Noah Centineo é o que menos convence com seu Esmaga-Átomo sem graça, mesmo com boas tiradas. Pierce Brosnan é fenomenal como Senhor Destino em todas as suas aparições, seja mascarado ou não, o ator foi o nome certo para o personagem.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Sentindo-se à vontade no papel, Dwayne “The Rock” Johnson transcende a felicidade de estar no filme, se destacando não só pelo físico, já que não precisa de CGI para tal, mas pelos já conhecidos trejeitos de outras tramas suas que funcionam no filme de forma orgânica.
“Adão Negro” é uma conjuntura de boas escolhas e demonstra a evolução da DC Comics em bons enredos e um caminho que pode se consolidar, dosando muito bem as suas características.

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