Crítica | Deadpool & Wolverine

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2024 | 2 h 8 min | Ação – Aventura – Comédia 

(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)

O diretor Shawn Levy (“O Projeto Adam” e “Free Guy: Assumindo o Controle”) volta em um novo projeto junto de Ryan Reynolds, sendo esse talvez o maior filme de sua carreira, em questão de cobrança e expectativa, tendo a difícil tarefa de trazer o encontro de diversos personagens do extinto universo Fox em uma loucura controlada, como um bom filme do Deadpool deve ser. 

E esta tarefa foi muito bem-feita, trazendo para as telas de cinema não somente uma gigantesca obra repleta de referências, diversão, ação e momentos que com certeza vão empolgar o público nos cinemas. 

O roteiro do longa fica nas mãos de Ryan Reynolds, Rhett Reese, Paul Wernick, Zeb Wells e do próprio Shawn Levy, que desta vez não se prendem em trazer uma história elaborada ou que segue o padrão dos demais filme da trilogia, aqui não importa se a história é complexa, se ela faz sentido em meio ao universo pré-estabelecido do Deadpool, ou se é elaborada e inovadora.   

O que realmente importa é ter uma linha de acontecimentos minimamente convincente para gerar o mínimo de enredo para que possa existir milhares de referências e piadas à Fox, Disney e/ou qualquer outro elemento que venha na cabeça do quinteto de roteiristas. 

(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)

E é exatamente isso que temos, a história nada mais é que uma grande homenagem ao estúdio que iniciou lá atrás essa fagulha em relação aos filmes de heróis (pelo menos os da Marvel). Vale a pena lembrar que tudo começou em 1998 com “Blade: O Caçador de Vampiros”, dando a chance de “X-Men: O Filme” ser lançado em 2000.   

Partindo deste princípio, a história não tenta ser algo muito grandioso e complexo, tanto que existem alguns furos de roteiros em meio a história (não irei falar sobre eles no momento por motivos de spoiler), mas que honestamente, não importam em nada, esses “furos” só geram oportunidades para piadas e outros elementos que fazem o filme ser esse monumental de referências.   

Talvez, a grande dúvida do público seja o nível de interferência que a Disney teria no projeto. Mas graças ao bom senso do senhor Kevin Feige não existiu nenhuma, pelo menos nenhuma que interferisse no estilo do personagem, todo o clima violento, piadista e para maiores do personagem está presente, ouso a dizer que este está ainda mais violento e piadista que os outros filmes da franquia, chegando a fazer piadas com coisas que eu nunca imaginei que veria em um filme da Disney.   

(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)

O nível de atuação de Ryan Reynolds (Deadpool) e Hugh Jackman (Wolverine) são simplesmente belíssimas, poder ver essa dupla em ação é algo quase indescritível, a sintonia que os personagens têm junto é mágica, e muito se deve a amizade que os atores têm na vida real, ficando nítida essa relação em algumas falas dos personagens, dando a sensação de que a mensagem está sendo dita do Ryan para Hugh e vice-versa, e não de seus personagens.   

Mas eu gostaria de exaltar a atuação de Emma Corrin (Cassandra Nova), que está simplesmente genial, mesmo que não tenha muito tempo de tela. Sua presença é tão imponente que transforma sua personagem em algo grandioso, sendo uma vilã realmente excelente para uma história como essa.   

Não irei entrar em detalhes sobre aparições ou qualquer outro fator que seja considerado spoiler, pois realmente acho que a surpresa faz parte da experiência e jamais iria estragar isso.   

Só irei finalizar minha análise dizendo que “Deadpool & Wolverine” conseguiu me empolgar de maneiras que a muito tempo não acontecia, a quantidade de piadas e referências colocadas em tela, junto das aparições mais diversificadas possíveis, transformando o filme em algo tão surreal e inimaginável, que me agradou de maneira imensurável (mesmo que eu esperasse ter mais aparições especiais, mas isso tem mais ligação com as minhas expectativas do que com o filme em si).   

(Walt Disney Studios/Marvel/Divulgação)

Mas não posso deixar de falar que a história realmente não é a das melhores e o roteiro é um tanto fraco, mas é aquele princípio que eu sempre utilizo para fazer as minhas análises, eu julgo o filme pela sua proposta em comparada com o que ele me apresentou, e neste quesito o filme fez exatamente o que eu esperava, e por isso achei sensacional.   

Muito obrigado a todos os envolvidos neste projeto que trouxe para as telas do cinema essa chuva de referências e participações no melhor estilo do Mercenário Tagarela, proporcionando para fãs de quadrinhos como eu a possibilidade de ver nem que fossem vislumbres de elementos tão clássicos e marcantes.